"Os espelhos estão cheios de gente.
Os invisíveis nos vêem.
Os esquecidos se lembram de nós.
Quando nos vemos, os vemos.
Quando nos vamos, se vão?"
Eduardo Galeano: Espelhos

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Guerras púnicas

Após conquistar grande parte das regiões da Itália, Roma viu-se, no século III a.C., frente a frente com Cartago, antiga colônia fenícia, riquíssimo centro de comércio que dominava todo o Mediterrâneo ocidental.

1ª Guerra Púnica: luta pela Sicília. Iniciou-se (264 a.C.) quando Roma invadiu a Sicília, a fim de dar apoio militar a uma população (mamertinos) sublevada contra Cartago.

Cartago acabou sendo derrotada, ao cabo de 23 anos (241 a.C.), durante os quais os exércitos romanos, habituados até então a combater apenas em terra, tiveram de aprender a combater no mar e Roma viu-se obrigada a construir uma esquadra capaz de enfrentar a poderosíssima frota cartaginesa. Cartago teve de abandonar a Sicília, perdendo, pouco depois, também a Sardenha e a Córsega. As três ilhas passaram a províncias romanas.

2ª Guerra Púnica: Aníbal contra Roma. Para compensar a perda das regiões itálicas, Cartago ampliou sua área de domínio na península Ibérica. Roma, por sua vez, havia conseguido a aliança da cidade de Sagunto, também na península Ibérica. Aníbal, general cartaginês, provocou nova guerra com os romanos ao atacar e destruir a aliada de Roma (218 a.C.), invadindo, a seguir, a Itália. Inicialmente derrotada, Roma conseguiu, em território africano, a vitória final. Os cartagineses tiveram de ceder a Roma todas as suas possessões, exceto Cartago e as regiões mais próximas à cidade (202 a.C.).


Aníbal atravessando os Alpes, Turner

3ª Guerra Púnica: destruição de Cartago. Como Cartago recomeçara a prosperar comercialmente, representando novo perigo para Roma, as legiões romanas invadiram o norte da África (149 a.C.), tomando e destruindo por completo a cidade de Cartago, cujos territórios se tornaram províncias de Roma (146 a.C.).

HOLLANDA, Sérgio Buarque de (org.). História da Civilização. São Paulo: Nacional, 1980. p. 93-94.

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