"Os espelhos estão cheios de gente.
Os invisíveis nos vêem.
Os esquecidos se lembram de nós.
Quando nos vemos, os vemos.
Quando nos vamos, se vão?"
Eduardo Galeano: Espelhos

domingo, 25 de janeiro de 2015

Popol Vuh, o livro sagrado dos maias

Uma página do Popol Vuh, Escribas maias desconhecidos

Na antiga língua maia, "Popol" significa reunião, comunidade, casa, junta; e "Vuh", árvore de cujo corte se fazia papel, por extensão, livro. Popol Vuh é o mais precioso relato - e legado - da antiguidade americana; é o livro sagrado dos índios que habitavam uma região onde hoje é a Guatemala. É em essência um conjunto mítico e teogônico, dividido em três partes: a primeira é uma descrição da origem do mundo e da criação do homem; a segunda trata das aventuras dos jovens semideuses Hunahpu e Ixbalanqué no reino sombrio de Xibalbay; e, finalmente, a terceira parte refere-se à origem dos povos indígenas da Guatemala, suas guerras e emigrações, com o predomínio dos quíchua-maias até pouco antes da conquista espanhola. O livro teria sido escrito no começo do século XVI, possivelmente em pele de veado, e foi transcrito para o latim em 1542, por frei Alonso Del Portillo de Noreña. A versão espanhola apareceu em 1701, feita pelo frei Francisco Ximenex.

COSTA, Flávio Moreira da. Uma flor misteriosa, solitária, na imensidão da América adormecida. In: _________ (Org.). Os melhores contos da América Latina. Rio de Janeiro, Agir, 2008. p. 15.

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