"Os espelhos estão cheios de gente.
Os invisíveis nos vêem.
Os esquecidos se lembram de nós.
Quando nos vemos, os vemos.
Quando nos vamos, se vão?"
Eduardo Galeano: Espelhos

sábado, 8 de agosto de 2015

Pérsia sassânida امپراتوری ساسانیان

امپراتوری ساسانیان



A Pérsia dos partos entrou em colapso em 226 d.C., por causa de lutas internas. O ressurgimento da Pérsia aconteceu sob os sassânidas, cujo primeiro rei, Ardachêr I, governou de 226 a 241 d.C. Os reis sassânidas, de sua capital em Ctesiphon, às margens do Tigre, estabelecem um Estado mais centralizado do que o dos partos, conseguindo defender-se com facilidade dos romanos no oeste de seu país. Em 238 d.C., haviam conquistado as cidades fronteiriças de Nisbis e Hatra. No reinado de Shapur I (gov. 241-272 d.C.), os sassânidas deram um golpe duplo nos romanos, derrotando primeiramente o imperador Gordiam III, em 244 d.C., e em seguida Valeriano, em 260 d.C. Shapur parecia decidido a arrasar as províncias romanas do Oriente, porém o governante árabe de Palmira, na Síria, não o deixou passar.

Pavimento de chão representando uma mulher tocando harpa. Mosaico de mármore, ca. 260 d.C. Palácio de Sapor, Irã. Artistas desconhecidos


Nos três séculos que se seguiram, o pêndulo balançou entre vitórias dos romanos e dos sassânidas em uma região maciçamente defendida de cidades fronteiriças fortificadas. No início do séc, VII, Khusrau II Parviz (gov. 591-628 d.C.) finalmente rompeu esse equilíbrio, conquistando a Síria romana, a Palestina e o Egito, em 619 d.C. Porém, o Império Bizantino (romano-oriental) reagiu e recuperou todas as conquistas de Khusrau em 627 d.C. Os exaustos sassânidas foram então derrotados por exércitos árabes muçulmanos que os atacaram pelo sul e pelo oeste. Derrotado em Qadisia em 637 d.C. e em Nehavend em 642 d.C., o último rei sassânida, Yazdegird III (gov. 632-651 d.C.), retirou-se para o Oriente e morreu como fugitivo em Merv, na Ásia central.

CLARK, Philip. Guia ilustrado Zahar: história mundial. Rio de Janeiro: Zahar, 2011. p. 115.

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